“O negacionismo nos tira a oportunidade de ter saúde e viver melhor. Alguém está interessado em vender algo diferente que pode ser um produto e aí o negócio é só por dinheiro. Mas pode ser também uma ideologia, um jeito de enxergar o mundo que não deve ser utilizado”, afirmou o médico sanitarista Dr. Gonçalo Vecina Neto.
O negacionismo é uma prática contra a ciência e ao conhecimento teórico prático, prejudicando a promoção e a prevenção da saúde das pessoas.
Desde muito jovem, como acadêmico de medicina, na década de 70, estudando imunologia, já me preocupava com o futuro imunológico das pessoas, e por meio dos estudos, pude comprovar a importância da imunização, principalmente no êxito brasileiro com as vacinas contra a Tuberculose, Hepatite, Poliomielite, Sarampo, Difteria, Tétano, Influenza e outras.
Cada vez mais, podemos contar com os avanços dos estudos sobre vacinas, como as que previnem contra o HPV, H1N1, Dengue e COVID-19.
Há três anos tivemos o maior surto de uma grande pandemia avassaladora, com milhares de mortes em todo o mundo e, rapidamente, conseguimos pela imunização em massa da população, salvar vidas.
Dr. Paulo Lotufo, professor da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP) disse: “Ainda estamos lutando contra os negacionistas, mas a população brasileira não atendeu o que os negacionistas falavam e esteve nas filas para receber a vacina.”
O “Filósofo da Ciência” Paul Feyerabend, escreveu: “Raramente nos perguntamos o que faz com que a ciência seja preferível a outras formas de existência, as quais usam padrões diferentes e obtém resultados distintos, esquecendo que agora, a ciência já não é uma instituição particular, mas parte de um tecido básico da democracia, exatamente como a Igreja foi no passado.”
Portanto, democratizar a educação e popularizar o acesso ao conhecimento científico, possibilitará a redução do negativismo generalizado.
Ainda sobre a importância e o futuro das vacinas, vale ressaltar que os germes e os micróbios (bactérias, vírus, fungos e parasitas), estão por todo o ambiente. É importante que o organismo esteja com a imunidade fortalecida ou saudável para evitar a ação dos “oportunistas” que atacam os mais fragilizados e com menos resistência (imunidade), e aí é que entra a ação das vacinas, aumentando o potencial de defesa dos anticorpos.
Não devemos negar que há séculos as vacinas têm mostrado sua eficácia na prevenção e erradicação de importantes e diferentes doenças!